ENZIMAS NA ALIMENTAÇÃO DE ANIMAIS MONOGÁSTRICOS - Revisão de literatura
Resumo
A produção industrial de aves e suínos assumiu caráter de importância para a economia de nosso país nos últimos anos. Grande parte deste crescimento está associada ao conhecimento do valor nutricional dos ingredientes das rações e das exigências nutricionais dos animais nas diferentes fases produtivas. Na criação de animais monogástricos a alimentação representa cerca de 70% do custo de produção. A administração de enzimas exógenas surge como uma alternativa para que animais monogástricos possam hidrolizar componentes nutricionais presentes em plantas como grãos, sementes oleaginosas e legumes, reduzindo assim tanto a necessidade de suplementações, como por exemplo, com o fósforo inorgânico, e assim o preço das rações.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ALMEIDA, M. V. de et al. A cascata dos fosfoinositídeos. Química Nova, v. 26, n. 1, p. 105-111, 2003.
ARAUJO, D.M. Avaliação do farelo de trigo e enzimas exógenas na alimentação de frangas e poedeiras. Dissertação de Mestrado em Zootecnia, Universidade Federal da Paraíba, 66p. 2005.
ASSUENA, V. et al. Effect of dietary phytase suplementation on the performance, bone densitometry, and phosphorus and nitrogen excretion of broilers. Brazilian Journal of Poultry Science, Campinas, v. 11, n.1, p.25-30, 2009.
BARBOSA, H.P. et al. Efeitos dos níveis de flúor provenientes dos fosfatos de tapira e monocálcico no desempenho e característica do osso de suínos em crescimento e terminação. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v.21, p.839-847, 1992.
BELLAVER, C. Uso de resíduos de origem animal na alimentação de frangos de corte. Simpósio Brasil Sul de Avicultura, Chapecó: SBA, p. 6-22, 2002.
BERNAUD, F.S.R; RODRIGUES, T.C. Fibra alimentar – Ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arquivo Brasileiro Endocrinologia e Metabologia. v.57, n.6, p.397-405, 2013.
CAMPESTRINI, E. et al. Utilização de enzimas na alimentação animal. Revista Eletrônica Nutritime. v. 2, n.6, p.254-267, 2005.
CARRÉ, B. Causes for variation in digestibility of starch among feedstuffs. Poultry Science. v.60 p. 76-89, 2004.
CHARLTON, P. Expanding enzyme application: higheraminoacid and energy values for vegetable proteins. Biotechnology in the feed industry, v.12, p.317-326, 1996.
CHOCT, M. Feed non-starch polysaccharides: chemical structures and nutritional significance. Feed Milling International, p.13-26, 1997.
COLLINS, T. et al. Xylanases, xylanase families and extremophilic xylanases. FEMS Microbiology Reviews. v. 29, p.3–23, 2005.
COMPANIES AND MARKETS – Disponível em: http://www.companiesandmarkets.com/Market/Industrial/All?Sectors=IS1013&Keywords=enzyme&SearchType=Phrase&OrderByType=Date&ReportPublishType=All&Publishers=-1 Acesso em 13 de Agosto de 2014.
CONTE, A.J., et al. Efeito da fitase e xilanase sobre o desempenho e as características ósseas de frangos de corte alimentados com dietas contendo farelo de arroz. Revista Brasileira de Zootecnia. v. 32, n.5, p.1147-1156, 2003.
COSTA F.G.P. et al. Efeito da enzima fitase nas rações de frangos de corte, durante as fases pré-inicial e inicial. Ciências e Agrotecnologia. v. 31, p.865-870, 2007.
COUSINS, B. Enzimas na nutrição de aves. I Simpósio Internacional ACAV—Embrapa sobre Nutrição de Aves. Santa Catarina, 1999.
COWIESON, A.J.; ADEOLA, O. Carbohydrase, protease and phytase have an additive beneficialeffect in nutritionally marginal diets for broilerchicks. Poultry Science, n.84, p. 1860-1867, 2005.
FERREIRA, M.A.M, et al. Avaliação financeira, de riscos e de custos de transação envolvidos na internalização da produção de ração na suinocultura. Organizações Rurais & Agroindustriais, v. 15, n. 2, p. 194-205, 2013.
FLENDER, L. et al. Effects of laccase and xylanase on the chemical and rheological properties of oat and wheat doughs. Journal Agricultural Food Chemistry, v.56, n.14, p. 5732–5742, 2008.
GIBSON, G. R.; ROBERFROID, M. B. Dietary modulation of the human colonic microbiota – introducing the concept of prebiotics. Journal of Nutrition, v. 125. p.1401-1412, 1995.
GODOI, M.J.S. et al. Utilização de aditivos em rações formuladas com milho normal e de baixa qualidade para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia. v.37, n.6, p.1005-1011, 2008.
GOMES, P.C. et al. Disponibilidade de fósforo nos fosfato de tapira, fosforíndus e na farinha de ossos para suínos. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v.21, p.83-89, 1992.
GREINER, R.; KONIETZNY, U. Construction of a bioreactor to produce special breakdown products of phytate. Journal Biotechnology.v. 48, p. 153–159, 1996.
HAIFENG, Y. et al. Near-infrared reflectance spectroscopy-based methods for phytase registration in feed industry. Journal Agricultural Food Chemistry. v. 55, p.7667-7675, 2007.
HANNAS, M.I.; PUPA, J.M.R. Enzimas: uma alternativa viável para enfrentar a crise na suinocultura. Disponível em: http://www.engormix.com/enzimas_uma_alternativa_viavel_p_artigos_26_POR.htm. 2007. Acesso em 20 agosto de 2013.
HÖLKER, U.; LENZ, J. Solid-state fermentation- are there any biotechnological advantages. Current Opinion in Microbiology, v. 8, p. 301- 306, 2005.
KORNEGAY, E. T. Digestion of phosphorus and other nutrients: the role of phytases and factors influencing their activity. Enzymes in farm animal nutrition. p. 237-271. 2001.
LEI, X. G.; PORRES, J. M. Phytase enzymology, applications, and biotechnology. Biotechnology Letters, v. 25, n. 21, p. 1787-1794, 2003.
LIMA, M.R. et al. Enzimas exógenas na alimentação de aves. Acta Veterinaria Brasilica, v.1, n.4, p.99-110, 2007.
MAGA, J.A. Phytate: its chemistry, occurrence, food interactions, nutritional significance, and methods of analysis. Journal Agricultural Food Chemistry, v.30, n.1, p. 1–9, 1982.
MATSUDA, J. Mercado de suplementação animal e seus desafios. Especial Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos, Minerais, 2013.
MORAIS B.M.; JACOB C.M.A. O papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. Jornal de Pediatria. v. 82, p.189-197, 2006.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient requirements of poultry. National Academy of Science. v.9, p.155. 1994.
NAVES, L.P. Metodologias para quantificar fitato e uso de fitases em rações para frangos de corte. Dissertação de Doutorado em Zootecnia. Universidade Federal de Lavras – MG, 2012.
NELSON, T. S. et al. The availability of phytate phosphorus in soybean meal before and after treatment with a mold phytase. Poultry Science, v.47, p.1842-1848, 1968.
OH, B. C. et al. Ca2+ inositol phosphate chelation mediates the substrate specificity of β-propeller phytase. Biochemistry, v.45, n.31, p.9531-9539, 2006.
OLIVEIRA, M. C.; MORAES, V. M. B. Mananoligossacarídeos e enzimas em dietas à base de milho e farelo de soja para aves. Ciência Animal Brasileira. v.8, n.3, p.339-357, Goiânia, 2007.
PAIK, I. Application of phytase, microbial or plant origin, to reduce phosphorus excretion in poultry production. Journal Animal Science. v.16, n.1, p.124-135, 2003.
PALOHEIMO, M. et al. Xylanases and cellulases as feed additives. Enzymes in farm animal nutricion. Cap.2, p.12-53, 2011.
PANDEY, A. et al. Production purification and properties of microbial phytases. Bioresource Technology. v.77, p.203 – 214, 2001.
PIOVESAN, V. et al. Milhos com diferentes texturas de endosperma e adição de alfa-amilase na dieta de leitões. Ciência Rural. Rio Grande do Sul, 2011.
POLIZELI, M.L.T.M. et al. Xylanases from fungi: properties and industrial applications. Applied Microbiology Biotechnology, v. 67, n.5, p. 577–591, 2005.
RAVINDRAN, V. et al. A comparison of ileal digesta and excreta analysis for the determination of amino acid digestibility in food ingredients for poultry. British Poultry Science. v.40, n.2, 1999.
RAVINDRAN, V. et al. Phytases: occurrence, bioavailability and implications in poultry nutrition. Poultry and Avian Biology Reviews, v. 6, n. 2, p. 125-143, 1995.
ROSTAGNO, H. S. et al. Avanços metodológicos na avaliação de alimentos e de exigências nutricionais para aves e suínos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.36, p.295-304, 2007.
ROSTAGNO, H. S. et al. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Universidade Federal de Viçosa. p.252, 2011.
SATO, R.N. et al. Uso de antibiótico e/ou probiótico como promotores de crescimento em rações iniciais de frangos. Revista Brasileira de Ciência Avícola. v. 4, 2002.
SCHWARZ, K.K. Substituição de antimicrobianos por probióticos e prebióticos na alimentação de frangos de corte. Dissertação de Mestrado em Ciências Veterinárias, Universidade Federal do Paraná , 2002.
SEBASTIAN, S. et al. Implications of phytic acid and supplemental microbial phytase in poultry nutrition: a review. World Poultry Science Journal. v.54, p.27-47, 1998.
SELLE, P. H. et al. Consequences of calcium interactions with phytate and phytase for poultry and pigs. Livestock Science, v. 124, n. 1/3, p. 126-141, 2009.
SELLE, P. H.; RAVINDRAN, V. Microbial phytase in poultry nutrition. Animal Feed Science and Technology, Amsterdam, v. 135, n. 1/2, p. 1-41, 2007.
SHIEH, T.R.; WARE, J.H., Survey of microorganisms for the production of extracellular phytase. Applied Microbiology and Biotechnology, v.16, n.9, p.1348-1351, 1968.
SINGHANIA, R.R. et al. Advancement and comparative profiles in the production technologies using solid-state and submerged fermentation for microbial cellulases. Enzyme and Microbial Technology, v.46, p.541-549, 2010.
SLOMINSKI, B. Recent advances in research on enzymes for poultry diets. Poultry Science, v. 90, n. 9, p. 2013-2023, 2011.
SMITH, C.H.M.; ANNISON, G. Non-starch plant polysaccharides in broiler nutritiontowards a physiologicallyvalid approach to their determination. World’s Poultry Science Journal. n.52, 203–221, 1996.
SORBARA, J.O.B. Carboidrases em programas enzimáticos de rações para frangos de corte. Dissertação de Doutorado em Zootecnia. Universidade Estadual de Maringá, 2008.
SOTO-SALANOVA, M.F. et al. Uso de enzimas em dietas de milho e soja para frangos de corte. Conferência Apinco De Ciência E Tecnologia Avícolas, 1996, Curitiba, p.71-76, 1996.
TAMIM, N. M. et al. Influence of dietary calcium and phytase on phytate phosphorus hydrolysis in broiler chickens. Poultry Science, v. 83, n. 8, p. 1358-1367, 2004.
TAVERNARI, F. C. et al. Polissacarídeos não amiláceo solúvel na dieta de suínos e aves. Revista Eletrônica Nutritime, v.5, n.5, p. 673-689, 2008.
TEIXEIRA, L.V.; Misturas enzimáticas em rações para frango de corte. Dissertação de Mestrado em Zootecnia. Universidade Federal de Lavras. 72p, 2013.
THAKORE, Y. Enzymes for industrial applications (BIO030E). BCC Research. 2008.
TORRES, D.M. et al. Eficiência das enzimas amilase, protease e xilanase sobre o desempenho de frangos de corte. Ciências Agrotécnicas. v. 27, n.6, p.1404-1408, 2003.
UENOJO, M; PASTORE, G.M. Pectinases: aplicções industriais e perspectivas. Química Nova, v. 30, n. 2,p. 388-394, 2007.
VATS, P.; BANERJEE, U. C. Production studies and catalytic properties of phytases (myo-inositolhexakisphosphate phosphohydrolases): an overview. Enzyme and Microbial Technology. v.35, p. 3-14, 2004.
VITTI, D.M.S.S. et al. A kinetic model of phosphorus metabolism in growing goats. Journal of Animal Science, v.78, p.2706-2712, 2000.
WANG, J.J. et al. Beneficial effects of versazyme, a keratinase feed additive, on body weight, feed conversion, and breast yield of broilers chickens. Journal of Applied Poultry Research. v.15, p.544-550, 2006.
WOODWARD, J. Xylanases: functions, properties and applications. Topics Enzyme Fermentation Biotechnology, Amsterdam, v. 8, p. 9-30, 1984.
WYATT, C. et al. Mechanisms of action for supplemental NSP and phytase enzymes in poultry diets. Poultry Nutrion Conference.n. 5,. p.1-11, 2008.
ZANELLA, I. Suplementação enzimática em dietas avícolas. Pré-simpósio de nutrição animal: aves e suínos - UFSM, 69p. p 37, Santa Maria, 2001.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2018 Revista Científica de Medicina Veterinária - UNORP
Autor Corporativo - Centro Universitário do Norte Paulista/UNORP
Rua Ipiranga, 3460. Alto Rio Preto- S.J. do Rio Preto/SP.
CEP: 15020-040.